No dia 17 de julho de 2013, o voo MH17 da companhia aérea da Malásia decolou de Amsterdam, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia. A bordo estavam 283 passageiros e 15 tripulações, totalizando 298 pessoas. No entanto, o avião caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, próximo à fronteira com a Rússia, matando todos a bordo.

O conflito entre as tropas ucranianas e rebeldes pró-Rússia na região de Donetsk, que havia começado em abril de 2014, tornou a investigação do acidente ainda mais complexa. Ambas as partes se acusam mutuamente de terem derrubado o avião, com o uso de mísseis terra-ar. A investigação contou com a participação de especialistas de vários países e foi coordenada pelo Ministério Público holandês.

Em setembro de 2016, a investigação apontou que o avião havia sido derrubado por um míssil Buk, de fabricação russa. Além disso, o relatório apontou que o míssil havia sido transportado da Rússia para a Ucrânia em um comboio militar, sendo depois disparado do território controlado pelos separatistas pró-Rússia. A Rússia nega qualquer envolvimento no acidente e contesta as conclusões da investigação.

Após a divulgação do relatório, a comunidade internacional pressionou a Rússia por uma investigação independente do acidente. O Conselho de Segurança da ONU aprovou em uma resolução que pedia a criação de um tribunal internacional para julgar os responsáveis pelo acidente. No entanto, a Rússia vetou a proposta, afirmando que a investigação havia sido politizada.

A tragédia do voo MH17 de Donetsk em 2013 foi um triste episódio na história da aviação mundial. A queda do avião e a morte de quase 300 pessoas mostram a importância de uma investigação rigorosa para determinar as causas do acidente e responsabilizar os culpados. Infelizmente, a complexidade do conflito na região de Donetsk e a falta de cooperação da Rússia dificultaram a apuração das circunstâncias do acidente.